No laranjal se escondeu
o Sol
Num dia depois de
outro, esqueceu-se!
Não pintou as macieiras
Vestidas de cor malva
anseiam o rubro
É ele, pintor dos
pintores, fôlego
Da minha poesia,
doirador de sonhos
E quimeras (…) suas
cores!
Namorado eterno de
Primaveras
Atrevidas, viçosas, com
cio e clamor
Telas suas são pomares
do meu reino
Luz ardente de planícies
e searas
Pintor de esperanças
minhas
Repoiso de eloquentes
amores
É o Sol um amor eterno,
esquecido
Dos dias que houvera, subtilmente
Pinta minh´alma de roxo
Deixa apenas a romã, solitária,
Numa longa e cansada
espera…,
Até que o Verão apareça.
Ofélia Cabaço
204-03-26
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