Levou-o a morte tão cedo
Ávida de vidas e credos
Saltou para além do casario
Pradarias de flores e poesia
Lisboa magra de fantasias
No campo e na cidade, tudo queria
Nos roseirais contou pétalas
Temperou esperanças de Lisboa a Queijas
Sorveu poesia, escreveu realidadesObservou ruralidades, para que vejas,
Campos de trigo doirados, frémitos braços
Pregões de favas, vendedeiras p´la cidade
Bebeu Primaveras, abraçou Verões
Folhas caídas, nos passeios da cidade
Nos campos, o restolho monótono
Outonos vermelhos com liberdade
Finalmente o Inverno e os serões
Lisboa envolvida de fumos cinzentos
Castanhas assadas, frio e argumentos
Janelas fechadas com vidros quebrados
Rostos com sorrisos enfezados,
Cesário escreveu e observou
Campo e cidade amou,Não fora a pressa da morte
E escritos teria a Corte
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