estendal de renda frágil,
outrora diamantes brocados
d´oiro fulgente, eram os sonhos meus...,
abundantes como as romãs no outono,
ao que o inverno gélido, astuto e ágil
enfatizou em noites de dor,
na tua ausência e no teu perpétuo sono,
não consigo o que um dia senti fervorosamente!
sonhos meus..., trocados pelo vazio das “coisas”
não vislumbro as cores que pintei ardentemente
aos olhos dum amor inquietante,
sonhos meus, filhos órfãos,
levados pelo triste canto das aves
ensombrados por um luar encoberto,
como as areis no deserto
anseio águas e bosques e aves
e, contigo, divagar ao luar desperto.
Ofélia Cabaço
setembro 2019
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