a imaginação, tocou
a minha mente com alvura,
saboreei figos e mel, perdura
a dança tão leve como uma folha;
ò sonhos! quimeras que ondulam
como feno nos campos,
concertos de outros tempos,
o sussurrar dos pássaros e o sino da igreja,
e a avó tão presente, que me beija
e me afaga e me abraça,
era tão pequenina, em minh´alma
uma constante luz baça,
e aquele ardor que hoje me embaraça;
o sentir inflamado,
assalta-me enganosamente,
-o Sol brilha e o céu está limpo,
contudo, ao meio-dia não existe claridade-,
mui sofrida coisa,
quão débil está minha alma!
Ofélia Cabaço
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