Quanto
mais almejo a Paz
maior é
a angústia que me faz
Justiça
e Verdade
indiferentes
no coração do “Poder”
...porque
é para ele aquilo que não arder,
tal,
tal, tal..., orfãos e irmandade,
que
lindo é o Natal...,tal, tal, tal...
Fui
ouvir o silêncio no parque,
rever
uma árvore que me conhece...
Aquele
homem com sapatos rotos
trôpego
de quase tudo, deambula, receoso
do que
não sabe, a par com outros tontos
Tantos...
fisionomia
de magreza escanzelada, ocioso
de
alcançar o que existe no mundo dos loucos;
Por
vezes, olhar perdido, quase de resignação
curvando-se
a uma vida cansada...
sua
mente com liberdade e tanto, vagueia,
ante o
verde gradeamento do portão,
Stop
porque é louco...
resta-lhe
um esconderijo precioso
levanta
a tampa dum sumidouro, ansioso,
e com
um sorriso engelhado agarra ouro,
uma
beata e eis a felicidade...
Talvez
não tenha a quem amar,
e não
é amado em todo o mundo,
pensei...
o amor
é um sentimento que ao outro damos,
uma
beata pode ser amor... é amar assim e poder...
Revi
meus príncipes e a minha poesia, encantados,
deambulam
em quimeras e sonhos...
a
diferença? é a minha imaginação
que
produz uma irreversível absorção...
Ambos
somos loucos, loucura idealizada
é a
minha, que me dá a mão, banalizada
por
fora, a loucura tem satus e rigor
por
dentro encanto, prazer e amor...
Ofélia
Cabaço
2015-12-17
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