sábado, 28 de novembro de 2015

Faculdade

Sofregamente comi laranja
nas mãos tenho o odor...
dos olhos caem torrentes águas
no coração saudades tuas
nos ouvidos música funesta

E porque tem momentos doces a dor
as lágrimas são alivio d´alma,
Aconchego dum aconchego inexistente...
Lá, longe, mil laranjais ouvem nossos ais
Contentamento que nos desperta a mente
Despedi-me...
Assim como quem escreve uma estória breve
tão pequenina na extensão
grandiosa na dimensão...

Desci a escadaria e olhei o céu azul
os ventos sopraram um doirado sonho
No ar, evaporara-se um pó precioso
réstia dum desejo despretensioso
frágil tanto, como ovo no ninho...

Respirei profundamente,
sequei as lágrimas profusamente!

A Ilha,
Muito longe, para além do mar

os laranjais deixam cair suas laranjas
uma a uma...
de pé esperam novas primaveras...
e florescem e dão sempre novas laranjas...
O meu contentamento...
Lá, até as ervas me escutam, deveras
me conhecem...
e, estarei de pé, com sorriso teu caminharei...

Ofélia Cabaço
27-11-2015






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