Caminho,
caminho e caminho
Como
um caderno ao contrário
Aonde
escrevo dor, sem qualquer simetria
Caminho
apenas procurando O Caminho
Como
águas puras dos rios, anseio
Percorrer
os vales e chegar ao mar…
Saborear
o sal e beber branca espuma
E
caminhar no resplandecente azul imenso
Suspensa
por fita violácea desde o céu
À
Terra…
Como
uma doida fugir da bruma…
Adormecer
sobre folhagem caída
Enlevada
por odores das criptomérias,
Sem
qualquer simetria…
Num
lugar aonde não há tristezas
E
a vida é um cântico…, a vida,
Almejando
o caminho da ida,
Sob
égide de brisa suave,
Cores
e conchas pintadas…
Desejo,
sem qualquer simetria…
Esquecer
os passos tristes d´outras eras
Despir-me
da dor e vestir-me de amor,
Sossegar
minh´alma…
Ouvir
melodias ao romper do dia
Recolher
a saudade de onde eu era
Como
um jogo de luz e cor,
Sem
qualquer simetria…
Ofélia
Cabaço
2015-11-19
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