A
generosidade de quem lhe foge
É
um véu de monstruosa aparência,
Buscou
minha mão e paciência
A
ingratidão ontem e hoje…
Será
sempre ela mesma
Não
há manto que a proteja,
E
quem protege… meu manto teceu
Daqui
até ao céu,
Minha
boca trémula emudeceu
Disfarce
díspar de santo da igreja
Uma
estrelinha cintilante,
Roxos
lírios em minha vida plantou,
No
fim de todos os males terá começo
Um
jardim e colcha roxa ondulante,
Uma
sonhadora tonta pareço,
Cristalizando
o tempo amargurado,
Respício
e lugares ínvios, silentes
Na
escuridão do que foi um condão,
Mas
a voz que anda comigo
Insiste
naquela dor que me dá desgosto
Oiço-a
gemebunda, e não conheço seu rosto,
Caminho
outro sigo,
À
procura dum fantasma muito antigo
Que
renego a toda a hora e não digo
Caminho
com meus trajes andrajosos,
Que
de mim nada dizem…apenas,
Abrigam meus sonhos cautelosos
Que
se evolem numa fita violeta pelo céu
Do
meu contentamento…
Ofélia
Cabaço
2015-09-12
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