quinta-feira, 2 de julho de 2015

Busco

Busco coisas imensas
Na minha casa dispersas
Não dou conta disso, minha ansiedade omite
As coisas que minh´alma não permite
Mas há um dia e poucos outros são
Quase tudo o que busco…

A gata a ronronar junto à janela
A serenidade dela,

O silêncio
Os meus livros
A minha cadeira de baloiço

Cantar no beiral da minha casa as andorinhas eu oiço
Às vezes, perto de mim está
O que incessantemente busco,
Tantas coisas que minha alma rejeita
Com voz cansada os gemidos
Que me endoidecem e me perseguem

E busco, e busco, e mais dor encontro.

Ofélia Cabaço
2015-07-03




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