segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Flor

No jardim natural duma abundante natureza
Muitas flores com essência e perfume com certeza
Gozam dos mesmos viços e vícios, Singeleza,
 Uma delas, diferente mas com idêntica natureza
Singular num canto do jardim são de si fineza e justeza
 Impõe-se como flor que é não sendo o que é só de si
Ilumina os espíritos do Espírito justo com aromas
E perfumes de açucenas,
Diferente, com sopros de franqueza que não fraqueza
Indaga a formiga e o sapo espreita na lagoa estreita
Repreende o pirilampo abusador de luz e cor, brincalhão (…)
Porque sem que ele queira mas porque dá jeito
Aconchega a toupeira e tapa-lhe o buraco, cenas
E muitas concordadas de mãos dadas, está certo
Quando o certo não é certo e imenso é o deserto
 Jardim florido de cor e harmonia abstratamente sinfonia
Às naturezas que não são naturais da Natureza,
Vénias…
A flor diferente na roda do Sol fita o firmamento
E naquela infinidade do cosmos a Natureza diz:
Vénias Não, tu és natural na tua natureza
E a flor fica só porque não é certo ser natural!

 Ofélia Cabaço
  2015-02-09









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