Como mulheres perfeitas
Senhoras dum tempo distante
Corpos belos, cabelos brilhantes
Perfis e sorrisos ébrios…
Todo o resto, sombras e pouca alegria,
Impreterível a água fria,
Quando a sede arde no peito
E as águas correm sem jeito,
Ah! O outono,
Pré-existente ao mês nono
Que nos traz farrapos e folhas
Troncos nus e as cores vermelhas…
Que enrubescem sonhos e realidade,
Contemplação, memórias em jazigo
Doirado, e, solitária, a alegria persigo…
E as águas correm nos rios,
Onde irão tão apressadas?
Afugentar, talvez, os demónios (…)
Ofélia Cabaço,
2019-agosto
Sem comentários:
Enviar um comentário