terça-feira, 24 de setembro de 2019

O Poeta e Seu Ardor,

O poeta e seu ardor
Que é da pena sua expressão
Não fere o poeta as palavras,
Nem é o ardor que o desanima
Sua condição, talvez, na dimensão
De sua imaginação…

O poeta tão só, apóstolo, deveras
Condicionado à Voz que habita em sua alma,
Contida no receio que é do outro a opinião,
Do humano, minguada voluptuosidade, acima

De si, mistério…, e no desconhecido
Eterna inquietação p´ro Divino,
O poeta e seu ardor…
E a consumição de inalcançável hino…
Ah! O poeta…

Ofélia Cabaço
2019-Setembro


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