domingo, 12 de fevereiro de 2017

Na asa d´uma Borboleta (...)

Procuro-me a cada instante,
Nada sei do que sei, não me encontro...
E, o tempo prolonga-se..., não obstante
O desacordo entre meu corpo e minh´alma,

Sinto o grito do meu silêncio, cansada,
Das coisas que conheço, busco o desconhecido
Para além da floresta e das árvores, desejo
Renovar minhas ideias, ouvir meu coração velado,

Contemplar a rosa...
Perfeita como uma deusa cheirosa...
Que se abre ao tempo, lampejo
Que se reflete no sentimento, efémero,

Sentir as moitas verdejarem e a flor d´amora
Desabrochar na sua natural liberdade
Amendoeiras rosáceas, eu e tu outrora
De mãos dadas, sem tempo nem idade;

Há dias eras tu na asa d´uma borboleta
Sim, eu sei, tu dizias: coisas de poetas!

Ofélia Cabaço
09-02-2017


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