Duas
lágrimas frias
Intermináveis...
Correm
minhas faces, todos os dias
Dizíveis...
Na
minha alma, esta nova dor, rebate
Um
obstinado pensamento, razão
Desordenada,
e minha vida cambiante (...)
Par que
me atormenta e me roubou a firmeza,
Não é
como dantes a Voz do vento
Nem as
aves cantam com leveza
E os
rebentos, preguiçam nos galhos...
As
folhas caem amarelecidas, tédio, desejos
Impotentes
em que se enrodilham os cadilhos
E as
lágrimas geladas...
Insistem
fazer dos meus olhos nascente,
Correm
deliberadamente, de mãos dadas
Numa
abundância desmesurada, cadente
Sinto-as
verter, sem crer no que quero
Talvez
Justiça, neste Mundo austero (...)
Choro,
e parada, corro como o rio impuro
Procuro
o vento, aquele que me fala, perjuro
A morte
que me roubou e um Bem me levou!
Ofélia
Cabaço
2017-02-02
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