segunda-feira, 4 de julho de 2016

Em Terra Vermelha Crescem Estevas,

Às vezes,
Sinto um temeroso desnorte, análogo
Ao caudal de um rio flutuoso (...)
Suas trepidas águas em dispersão,
Nos meus sentidos, amiúde, uma ilusão;

Perceciono,
Consolo e uma luz duradoura, formoso
Sonho que me embala em doce diálogo
E a Forma delineada da Esperança
Garante-me presença viva do Universo;

Às vezes,
Criança eu sou para alívio d´agonia, malogro
Efémero no seio do meu peito magro,
Sob a luz crepuscular tateio, cismada...

Visiono,
Sombras e as “coisas” fugitivas...
Alargar o estreito caminho eu tento,
Cultivar searas almejo, ondulantes estevas
E rubras papoulas para meu contentamento (...)

Pensamento,
Que me assiste fixo e lento...
Busco poesia e música, ária
De um só poeta esquecido na Pátria.

Ofélia Cabaço
2016-07-05






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