sexta-feira, 22 de julho de 2016

Árvores da Minha Terra

Oh! árvores da minha terra
Digam-me se por aí passou meu amigo
Aquele que um dia de mal comigo
Chorou sozinho a minha despedida

Junto à beira duma escura serra
Numa noite d´agonia, repetida
Em queixumes e desenganos, ida
Minha, dor incrustada em meu peito (...)

Enquanto o vento e o mar alevantaram
Barcas e velas, trémula e sem jeito
De ti me despedi...

Digam-me se por aí passou meu amigo
Oh! árvores de sã raiz, dizei-lhe:
Que todos estamos sós na Terra.


Ofélia Cabaço
2016-07-22


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