Uma folha vazia de letras
Sem qualquer sentido…
Como quem espera uma disputa
Jaz moribunda de cansaço,
O tinteiro azul de aparência
Secou a sede da sua essência
A escrita viajou, sem piedade
Deixou silêncio e inspiração
Tudo permanece sobre a mesa,
O vento folhas leva, sôfrego!
Gemem as árvores despidas
Uivos de esfomeados lobos
Ecoam da floresta a casa,
Aonde houvera flores e amores
Apenas sombras vagueiam
O vazio, e a folha, e o tinteiro
A solidão, inspiradora, lúcida,
O amor, a poesia e os anseios
Suores, humidade e frio
Os medos (…)
A mesa despida de esperanças
E a vida que dorme, imune,
Aos caminhos da injustiça
Às intempéries dos Invernos
Até que acorde numa manhã
Radiosa com risadas compostas;
Ofélia Cabaço, 2013-10-17
Como quem espera uma disputa
Jaz moribunda de cansaço,
O tinteiro azul de aparência
Secou a sede da sua essência
A escrita viajou, sem piedade
Deixou silêncio e inspiração
Tudo permanece sobre a mesa,
O vento folhas leva, sôfrego!
Gemem as árvores despidas
Uivos de esfomeados lobos
Ecoam da floresta a casa,
Aonde houvera flores e amores
Apenas sombras vagueiam
O vazio, e a folha, e o tinteiro
A solidão, inspiradora, lúcida,
O amor, a poesia e os anseios
Suores, humidade e frio
Os medos (…)
A mesa despida de esperanças
E a vida que dorme, imune,
Aos caminhos da injustiça
Às intempéries dos Invernos
Até que acorde numa manhã
Radiosa com risadas compostas;