Sofregamente
comi laranja
nas
mãos tenho o odor...
dos
olhos caem torrentes águas
no
coração saudades tuas
nos
ouvidos música funesta
E
porque tem momentos doces a dor
as
lágrimas são alivio d´alma,
Aconchego
dum aconchego inexistente...
Lá,
longe, mil laranjais ouvem nossos ais
Contentamento
que nos desperta a mente
Despedi-me...
Assim
como quem escreve uma estória breve
tão
pequenina na extensão
grandiosa
na dimensão...
Desci
a escadaria e olhei o céu azul
os
ventos sopraram um doirado sonho
No
ar, evaporara-se um pó precioso
réstia
dum desejo despretensioso
frágil
tanto, como ovo no ninho...
Respirei
profundamente,
sequei
as lágrimas profusamente!
A
Ilha,
Muito
longe, para além do mar
os
laranjais deixam cair suas laranjas
uma
a uma...
de
pé esperam novas primaveras...
e
florescem e dão sempre novas laranjas...
O
meu contentamento...
Lá,
até as ervas me escutam, deveras
me
conhecem...
e,
estarei de pé, com sorriso teu caminharei...
Ofélia
Cabaço
27-11-2015