Minh´alma
arde no silêncio
Deste
repoiso a que me obrigo,
Pergunto-me
quem sou...,
O que
seria se fosse uma flor, balbucio
Vezes
sem conta no meio do silêncio,
O teu
nome, sem ti não há abrigo!
Não
desgosto (…), nesta minha quietude,
De
viver e pensar comigo...;
Porém,
sinto o vazio das “coisas”,
E não
encontro o desejável...
Procuro
o desconhecido, árvore respeitável,
Com
vestes de esperança e causas...;
Casas
por onde andei, vazias de cor e ardor,
Como
procissão sem andor...
Saltei
o muro do jardim sem nenhuma flor,
Se flor
eu fosse, queria ser camélia (…)
Esquecer
que um dia fui Ofélia...,
À
espera do nada no horizonte da melancolia;
Ofélia
Cabaço
2018-01-01
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