segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Quietude...

Minh´alma arde no silêncio
Deste repoiso a que me obrigo,
Pergunto-me quem sou...,
O que seria se fosse uma flor, balbucio

Vezes sem conta no meio do silêncio,
O teu nome, sem ti não há abrigo!
Não desgosto (…), nesta minha quietude,
De viver e pensar comigo...;

Porém, sinto o vazio das “coisas”,
E não encontro o desejável...
Procuro o desconhecido, árvore respeitável,
Com vestes de esperança e causas...;

Casas por onde andei, vazias de cor e ardor,
Como procissão sem andor...
Saltei o muro do jardim sem nenhuma flor,
Se flor eu fosse, queria ser camélia (…)

Esquecer que um dia fui Ofélia...,
À espera do nada no horizonte da melancolia;



Ofélia Cabaço
2018-01-01




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