Naqueles
momentos,
Em que
é ausente a claridade
E que
nem a luz da vela ilumina,
O Sol,
estrela maior, se esconde...,
Os
corações fecham-se emudecidos,
Exaltação
amortecida em avançada idade,
Esvai-se
a fecundidade,
Morre a
semente, e não aflora a bonina...;
Escada
íngreme, subimos até onde?
Perguntamo-nos,
olhares padecidos...,
De boca
calada no caminho do caminhante,
Resposta
muda aos sonhos perseguidos;
Há
outros, em que pensamos jardins e pomares,
Laranjais...,
das laranjas o sumo saboreamos,
O Sol
insinua-se de mansinho,
As
montanhas verdejam, frescos são os ares;
Os
pássaros chilreiam do invólucro dos ninhos
E a
nossa caminhada é brisa e ondas dos mares
Para
onde vamos?
Sonhos
que passam embalados
No som
mavioso de pássaros cansados
Pressintamos...,
em ilusão consinta...,
Ofélia
Cabaço
2018-01-03