Quando no céu escuro
brilha
uma só estrela, perdura
frente ao teu sentir uma esperança
divina, sem forma e espessura,
apaziguadora, leve como a brisa,
que nos acaricia em dias intemporais
aonde as aves instigam seu esplendor
no canto e na suavidade da Natureza,
uma afetuosa mão te toca, um gesto
indelével ao teu coração honesto,
quando uma macieira a maçã encobre
como proteção ardente de mãe e filha
restam as folhas verdejantes, visíveis
em identidade, forma e beleza...,
ser-se existente, ter saudade de um lugar
silencioso que ilusoriamente nos espera a sorrir,
é esperança que a vontade escuta, encantos
sobrepostos aos flamejantes prantos,
às pragas e aos quebrantos,
mãos erguidas e a Deus consagrar,
quando a tarde cai,
envolvida de música é um som
sem som comparável ao Silêncio.
Ofélia Cabaço
Janeiro -08 20232
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