E, as
montanhas eram verdes,
Com
rodeio de urzes e alecrim
No
silêncio do esvoaçar dos pássaros
E na
absoluta quietude das tardes;
Sopros
melodiosos de ti para mim,
Que é
de ti a voz que eu adoro
E, as montanhas verdes,
Cobriram-se
de luto e choro...
Uniram-se
em tragédia e tristeza,
Anseio
frémito, dor e incerteza,
Espaço
mudo ficou, essência
Poética
da beleza que se alteia…,
Ai, o meu coração, pouco crente…,
Nada a ti se assemelha,
Colinas e pradarias desertas,
Nem mesmo a Lua se espelha!
E, as montanhas eram verdes...
Nem mesmo a Lua se espelha!
E, as montanhas eram verdes...
Ofélia Cabaço
2017-05-11
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