terça-feira, 31 de janeiro de 2017
domingo, 29 de janeiro de 2017
Saudade de Ti
A
saudade ordenou que dançasse
Subi a
mais alta montanha,
Pedi a
uma nuvem que te chamasse
Tu,
ausente e eu sozinha...
Dancei
em espaço ilusório
Muito
perto, e numa paz profunda
Senti a
tua mão..., o teu sono como um rio
Leve e
melancólico em dolorosa onda
Dancei
até que que o dia adormecesse
Veio a
noite como um choro negro, nauseabunda
como
mortas estações...
Trazer
pesadas recordações;
Apertei
o teu pião nas minhas mãos
Comparo-o
ao teu silêncio
Agora,
sem ti e sem irmãos
O meu
Amor por ti, balbucio...
Ofélia
Cabaço
2017-01-29
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Chuva e Lágrimas...
Surgiu
a noite chorosa
que a
madrugada abraçou,
sobre a
forma maravilhosa
do
Universo...
e o dia
molhado alcançou
brumas
e cinzentos,
escondendo
astros e sóis
e foi
marco de encontros melancólicos
no
silêncio das florestas,
catedrais,
igrejas, altares e girassóis
tão
tristes como triste é a prece
que em
mim permanece...
É a
voz titubeante que escuto
e me
ordena o que a razão descontente
não
consente,
A noite
volta, sossegada,
traçando
no ar rios e pontes
e
minh´alma balbucia, cansada...
O choro
das águas antes e depois de mim!
Ofélia
Cabaço
2015-12-16
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Meu Menino,
Olhei a
tarde de tons laranja
Horizontes
com intensos arvoredos
Embalavam
seus ramos cor de fogo,
Vinha
até mim imensa saudade;
Já não
existem laranjais, nem jogo
De
ninhos escondidos, e os segredos,
Que em
tempos escondemos, são brumas
Impenetráveis, involucro de lágrimas!
Bateram
na nossa janela ao amanhecer
Talvez
fosse ninguém...
Não
sei como te chamas no além
Só sei
que morte não é nome, padecer
Sem ti
é como ser terra de ninguém
É dar
voltas e reviravoltas em todo o mundo
E não
achar por onde entrar,
Qual é
o teu nome agora meu menino?
O meu, sem ti, é Orvalho
E o
teu, sem mim, será Hino...
Ofélia
Cabaço
2017-01-10
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
DO DESEJO
Porque
há desejo em mim, é tudo cintilância.
Antes, o cotidiano era um
pensar alturas
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo à minha humana ladradura.
Visgo e suor, pois nunca se faziam.
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo
Tomas-me o corpo. E que descanso me dás
Depois das lidas. Sonhei penhascos
Quando havia o jardim aqui ao lado.
Pensei subidas onde não havia rastros.
Extasiada, fodo contigo
Ao invés de ganir diante do Nada.
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo à minha humana ladradura.
Visgo e suor, pois nunca se faziam.
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo
Tomas-me o corpo. E que descanso me dás
Depois das lidas. Sonhei penhascos
Quando havia o jardim aqui ao lado.
Pensei subidas onde não havia rastros.
Extasiada, fodo contigo
Ao invés de ganir diante do Nada.
HILDA
HILST
1930-2004
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
Partiste...
Despedimo-nos
meigamente,
Recebi
de ti uma carícia, naquela hora...
Com
esperança no coração e força na mente
Beijei
tua face quente...
Sem
prever tão próximo o desgosto
Contemplei
o sorriso em teu rosto
Lutamos...
e, tanto adiamos a tua partida
Dolorosa
ida...
Depois,
A tua
cadeira vazia no jardim
Sinto-te
ali, sentado...
As
flores com sede, o jasmim
Amareleceu
e a lavanda floresceu (…)
As tua
fiéis amigas
Pululam
em busca de migas
Todas
as tardes o lamento das rolas
E, esta
minha dor...
A Morte
deu-te a mão
E
apagou a última estrela no meu coração...
Só
agora sei o quanto te amei!
Ofélia
Cabaço
2017-01-02
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