quarta-feira, 6 de abril de 2016

Na Sombra da Montanha

Aquela ovelha no teu redil
Que te parece atrevida
Finge nada saber de ti, subtil
Devora trevo, os amargos também (...)
Olha o alto das serras, convencida
Que tu, afinal, és sombra...
Que se esconde na Sombra da montanha
Aonde, e só aí, é demarcada a tua manha;

Oh! sim, és gente assim!
E o gentio se debruça ao som de clarim...

Oiço as nuvens cantando um hino
Esplendor do Verdadeiro...
E aquela Voz suave como a brisa
Às vezes, impávida e serena,
Outras tantas com desgosto derradeiro,

Apela à Luz transcendente o teu destino
A injustiça dos teus atos, coisa
da Coisa em atmosfera terrena

Só quando apetece,
Salvo alguma prece...


Ofélia Cabaço
2016-04-06







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