quinta-feira, 31 de julho de 2014
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Virgem Maria
Pedi à Virgem Maria para me
proteger,
Ajoelhei-me, rezei e desejei sua filha ser,
De rosto resplandecente Ela sorriu!
Sussurrou-me que o seu amor era imenso,
Trazia no peito uma cruz de madeira,
Túnica alva vestia, na cabeça coroa de incenso,
Em suas mãos, flores de amendoeira!
Não usava meias de seda,
Nem sequer sapatos calçava
Era linda, oferecia perdão, luz e dádiva,
Seu coração de amor transbordava
Aquele olhar doce… a Virgem possuía,
Ajoelhei-me, rezei e desejei sua filha ser,
De rosto resplandecente Ela sorriu!
Sussurrou-me que o seu amor era imenso,
Trazia no peito uma cruz de madeira,
Túnica alva vestia, na cabeça coroa de incenso,
Em suas mãos, flores de amendoeira!
Não usava meias de seda,
Nem sequer sapatos calçava
Era linda, oferecia perdão, luz e dádiva,
Seu coração de amor transbordava
Aquele olhar doce… a Virgem possuía,
Sua voz caridade!
Pecadora, eu balbuciava Amém
Maria, minha Mãe, acenava-me,
Deixou-me confiança,
Envolta num coro de Anjos subiu aos Céus
Sob um sublime som de Ave-Marias!
Ofélia cabaço 21-12-2012
Pecadora, eu balbuciava Amém
Maria, minha Mãe, acenava-me,
Deixou-me confiança,
Envolta num coro de Anjos subiu aos Céus
Sob um sublime som de Ave-Marias!
Ofélia cabaço 21-12-2012
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Raízes
Semente de lírios espalhei,
Roxos e brancos,
Entre dois rochedos brotaram,
Uma alegria imensa senti,
Efémera alegria!
Raízes não criaram os lírios…
Ontem ébrios de sol,
Hoje jazem sob chuva de prantos
Os rochedos, indiferentes ao vazio
E na deferência dos deuses (...)
Vindos de muito longe, harmoniosos,
Consolaram minh´alma chorosa
Vestidos de folhas mortas os rochedos
Tecem silêncio na penumbra da noite,
Observam terra inculta, imperfeita
Matéria sem forma…
Sob os meus pés nasceram rosas
Pisei os picos e colhi pétalas…
Fiquei peregrina à beira do mundo
Bebi mel, abracei a vida, pictoricamente
Acordei nos braços de Eros!
Roxos e brancos,
Entre dois rochedos brotaram,
Uma alegria imensa senti,
Efémera alegria!
Raízes não criaram os lírios…
Ontem ébrios de sol,
Hoje jazem sob chuva de prantos
Os rochedos, indiferentes ao vazio
E na deferência dos deuses (...)
Raízes não tinham os
lírios…
Os sinos dobraram hinosVindos de muito longe, harmoniosos,
Consolaram minh´alma chorosa
Vestidos de folhas mortas os rochedos
Tecem silêncio na penumbra da noite,
Observam terra inculta, imperfeita
Matéria sem forma…
Raízes não criaram os
liros….
Sonhei…Sob os meus pés nasceram rosas
Pisei os picos e colhi pétalas…
Fiquei peregrina à beira do mundo
Bebi mel, abracei a vida, pictoricamente
Acordei nos braços de Eros!
Raízes não criaram os lírios...
Ofélia Cabaço
2014-07-21
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Sonho
Sempre que o Sol aquece
Vem até mim e me beija
Abrasador, toca-me com ardor
Minha mente ansiosa
Sonho e Ela de mãos dadas
Percorrem montes e vales,
Numa procura incessante
Da tua sombra fumada…
Mãos trémulas, maceradas
Afagam suavemente tuas rugas
Tocam teus cabelos grisalhos (...)
No ar os cheiros a rosmaninho,
Tu e Eu
E nós, aqui na Terra.
Vem até mim e me beija
Abrasador, toca-me com ardor
Minha mente ansiosa
Sonho e Ela de mãos dadas
Percorrem montes e vales,
Numa procura incessante
Da tua sombra fumada…
Mãos trémulas, maceradas
Afagam suavemente tuas rugas
Tocam teus cabelos grisalhos (...)
No ar os cheiros a rosmaninho,
Hortelã e sensualidade
Juntos…
Ouvimos as cascatas a chorar
Refrescantes águas à hora das TrindadesTu e Eu
No silêncio do nosso mundo
As Almas no firmamento,E nós, aqui na Terra.
Ofélia Cabaço
09 de Julho de 2014
O Mar
O mar, safira e esmeralda
Ao entardecer,
Bordejado de franjas de alabastro,
Horizonte laranja, com reflexos de sangue
Aves e florestas brancas, flocos alvorados
Jardins de oiro e o silêncio com beijos:
Nostálgico, reconciliador e amante
O mar…
Sonhos a pairar sobre mamas ondulantes
Braço abertos e olhos postos ao Amor,
Desejos do que teve, sem ter…
Cores exóticas, filtros do Sol
Brilhos ruivos com risos e cores
Anseios fulgores…
E, na aurora, o sonho renasce!
Sob névoa de saudade, enfim!
Sobe escada íngreme, tentado,
Por algas tontas com cheiro a mortos
De há mil anos sepultados, e,
Pés nus, e bocas desfloridas, jazem
Num passado com retorno ao Amor!?
O mar imenso, misterioso e belo
Raptor de vidas e sonhos!
O mar que eu amo,
Respinga minha Alma de Sonhos
Leva e traz os mais belos sons!
Ofélia Cabaço
2014.07.18
segunda-feira, 7 de julho de 2014
Fui, Não Sou!
Amei, não amei,
Vivi, sem viver,
Fui mãe, não fui filha
Morri muitas vezes,
Caminhei, não andei
Trabalhei, sem voz,
Fui razão, com razão,
Senti o meu sentir,
Rezei mil rosários,
Bebi segredos do rio,
Contei sem contar,
Transmiti dizeres
Pensei no pensar,
Semeei pensamentos
Fui feliz sem risos,
Depois infeliz, chorei!
Amei, não amei!
Saltei sem asas,
Sonhei com grandes asas,
Comi, não engoli!
Dormi acordada,
Acordei a dormir,
Fui anjo branco
Deusa de vestes rotas,
Fui demónio, sem mal,
Vivi, sem viver,
Fui mãe, não fui filha!
Fui fantasma e rouxinol
Assustei e cantei,
Fui marcela nos campos,
Prisioneira eu fui,
Entrei nos jardins proibidos,
Virei costas a portas,
Abri fechaduras ferrugentas,
Acendi velas sem luz,
Corri cortinados desbotados,
Deixei o vento entrar,
E, não entrei!
Caminhei, não andei,
Trabalhei, sem voz,
Vesti-me com sedas,
Fui princesa também,
De chita fiz saia,
Camponesa eu fui,
Criança não fui,
Sou sentimentos, apenas!.
Fui clara tremida,
Sem gema colorida.
Fui razão com razão!
Ofélia Cabaço, 2013-02-18
Vivi, sem viver,
Fui mãe, não fui filha
Morri muitas vezes,
Caminhei, não andei
Trabalhei, sem voz,
Fui razão, com razão,
Senti o meu sentir,
Rezei mil rosários,
Bebi segredos do rio,
Contei sem contar,
Transmiti dizeres
Pensei no pensar,
Semeei pensamentos
Fui feliz sem risos,
Depois infeliz, chorei!
Amei, não amei!
Saltei sem asas,
Sonhei com grandes asas,
Comi, não engoli!
Dormi acordada,
Acordei a dormir,
Fui anjo branco
Deusa de vestes rotas,
Fui demónio, sem mal,
Vivi, sem viver,
Fui mãe, não fui filha!
Fui fantasma e rouxinol
Assustei e cantei,
Fui marcela nos campos,
Prisioneira eu fui,
Entrei nos jardins proibidos,
Virei costas a portas,
Abri fechaduras ferrugentas,
Acendi velas sem luz,
Corri cortinados desbotados,
Deixei o vento entrar,
E, não entrei!
Caminhei, não andei,
Trabalhei, sem voz,
Vesti-me com sedas,
Fui princesa também,
De chita fiz saia,
Camponesa eu fui,
Criança não fui,
Sou sentimentos, apenas!.
Fui clara tremida,
Sem gema colorida.
Fui razão com razão!
Ofélia Cabaço, 2013-02-18
Subscrever:
Mensagens (Atom)