sábado, 12 de abril de 2014

Ao Firmamento,


 O Pinheiro lugar não tem

De um lado ao outro é levado

Esquecido na sombra d`outros, lá,

 Aonde o Sol não chega

O Pinheiro, teimosamente cresce,

Uma solene sede abraça-o

Ferverosamente (…)

Um dia espreita o firmamento,

Veste-se de verde tonalizado

Enrubesce, vigorosamente

Quer chegar ao Alto dos Céus

Agradecer ao Além a graça,

Aos Sentidos de todos os sentidos,

E, perpetuar num só sentido, o seu!

Observar a inveja, lá do alto,

Salpicando desejos e amores

Conseguir pensar, e sorrir apenas,

O Pinheiro tão pequeno, nascido

No caos dum bosque obscuro

Cresceu, e cresceu não dobrado (…)

Libertou-se do bosque denso, compacto,

E caminhou (…) rumo ao infinito, ao Amor!

 

Ofélia Cabaço

2014-04-12

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