terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Rosa

O Poeta

Num silêncio nauseabundo
passeava o poeta na floresta
a chuva dançava na ponta das árvores
e as aves em acorde moribundo,

Afastavam o seu ritual, funesta
cantiga, ornamento suspenso na agonia,
e a Natureza sua mãe, jubilosa
com voz melodiosa
que lhe impele ser agora
LUZ  a cada hora;

A erva tingida de verde luminoso,
tom suave e verdadeiro,
que o Sol pinta a prazer
do que só ele sabe fazer;

O Sol elevou-se cada vez mais
transformando o céu em ondas azuis,
oferecendo ao  poeta  um  novo dia.

Ofélia Cabaço
2021 Dezembro